República Checa - Austria
Praga é uma cidade extremamente interessante. Possui muitas atrações e muita história para contar. O castelo é uma atração que consome alguns dias se você quiser explorá-lo por inteiro. Não era o nosso caso. Passamos por ele e seguimos rumo ao centro velhíssimo, já que o anterior era o centro velho. Tudo muito bonito, mas uma coisa que me chamou muito a atenção foi o fato de muitas das igrejas serem rodeadas por outras construções, mas não simplesmente ao redor, mas grudadas mesmo. Uma delas, magnífica, possui um monte de lojas e restaurantes na frente. Circulamos toda a construção e não achamos a entrada. Depois de muito procurar o Caio achou entre dois restaurantes a entrada. A igreja, dedicada a Maria é muito bonita, mas aquela entrada... Em Praga almoçamos em um restaurante típico e, claro, comemos comidas típicas. Era tanta comida que nem conseguimos terminar.
Fomos até uma praça em que estava ocorrendo uma feira medieval, muito legal e ali encontramos os primeiros brasileiros que também estavam seguindo para o Jamboree. Todos escotistas de SP. Visitamos a torre de televisão de Praga. Uma das mais altas da Europa. Foi nossa terceira torre, pois subimos na Eiffel, em Paris, na torre deTV de Berlim e nesta, em Praga. A torre de Viena dispensamos, não era tão alta assim. Nosso camping em Praga era muito bom e muito bem localizado. Saímos de Praga e fomos para Kutna Hora, uma cidade no interior da República Checa em que existem alguns patrimônio da humanidade, entre eles uma capela feita de ossos. Meio sinistro, mas valeu a pena.
Saímos de Kutna Hora rumo a Viena por estradas do interior da República Checa. Um cenário bucólico.
Como neste dia era o aniversário do Henrique e lá pelas tantas, para dirimir uma dúvida sobre o trajeto, perguntou-se se iríamos passar por Brno, então a Thaís puxou um texto da sua apóstola de biologia que ela copiou no caderno(acredite se quiser) em que havia a informação de que Mendel fez as experiências com as ervilhas nesta cidade e que, na época, pertencia a Austria, mas agora está na República Checa. Pronto, achamos o presente de aniversário do Henrique, que é estudante de biologia na USP, e claro, ficou totalmente excitado com a possibilidade de visitar o museu Mendel. Lá fomos nós. Foi muito legal, embora, pela primeira vez me enganei em seguir o carro e acabamos nos separando. Segui um carro prata parecido e depois de rodarmos um pouco, nos achamos novamente. Brno nos ocupou o restante do dia. Chegamos em Viena já com a noite caindo...rodamos um pouco até acharmos o camping. Excelente, por sinal. Em Viena visitamos muitos locais interessantes. A cidade possui uma atmosfera artística impressionante, especialmente a musical. Assim que chegamos a Catedral Carlos compramos ingressos para um concerto naquela noite. Ao caminhar pela ruas você encontra músicos, estátuas vivas, artistas de toda ordem. É muito interessante. A cidade é linda. Mas precisávamos visitar o cemitério em que Mozart está enterrado. Então lá fomos nós em mais uma jornada daquelas inimagináveis, visitar um cemitério! O local foi muito especial para a Thaís, que foi quem motivou a visita. Todos curtimos. A noite fomos ao palácio de verão dos Habsburgos para assistirmos ao concerto com árias de óperas de Mozart e obras de Strauss. Muito chique.
Na década de 1980 Viena era uma cidade escura, todos os prédios pareciam ser pintados de preto, mas era sujeira mesmo. Ainda se verifica em alguns prédios em reforma a parte que já foi lavada e a parte que ainda está escura. Por Viena localizar-se na borda da Europa Ocidental, na época da guerra fria costuma-se fazer uma piada que era, em Viena quem não carrega um instrumento musical ou é pianista, ou harpista ou espião estrangeiro... Graças a Deus a guerra fria acabou e a cidade parece renascer, mais leve, bonita e musical, como nunca.
De Viena para Salzburg. Museu Mozart, casa em que Mozart nasceu, o castelo medieval incrível, o restaurante com comidas típicas, fotos pelos cenários de filmes (A Noviça Rebelde entre eles) e de volta para o camping. Muito aprazível. Na manhã seguinte o Hermes eu fizemos uma caminhada pela floresta austríaca e após tomarmos café e realizarmos os procedimentos necessários com o motorhome, partimos para um novo destino. Totalmente novo, pois na noite anterior fizemos uma votação e decidimos visitar o castelo de Neuschwanstein, aquele que inspirou Walt Disney para desenhar o castelo da Cinderela. Foi uma alteração de roteiro que valeu muito a pena. O cenário é paradisíaco. Os castelos (existem dois) são incríveis. Por terem sido construídos no século XIX inspirados em castelos medievais são muito bem preservados. O cenário é de contos de fadas. A história do Rei Ludivico é triste, afinal ele morreu aos 40 anos misteriosamente, depois de ter sido preso por ser declarado alienado. "Triste fim de Policarpo Quaresma". Como já eram 19horas e estávamos cansados, resolvemos ficar no primeiro camping que aparecesse. Logo encontramos um, que tem 60 anos e fica às margens do Lago Alpsee. Excelente. Saímos cedoe seguimos rumo à Munique. Chuva, chuva e chuva. A indicação que tínhamos de camping era junto ao estádio AlianzArena do Bayern de Munique. Fria total. O local era péssimo e então fomos ao camping originalmente pesquisado para ficarmos. Estamos nele agora.(escrevi até aqui em Munique, assim que der continuo).
Marcos Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário